Sensível demais O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), foi alvo de debate em rodas de investidores após usar o Twitter para dizer que não aceitaria negociar medida provisória com edições à reforma trabalhista.
Valor de face Mais preocupado com a forma do que com o conteúdo da mensagem, o mercado buscou junto a seus analistas informações sobre o perfil decisório de Maia, que vai assumir o Planalto caso Temer seja afastado. À primeira vista, disseram, pareceu precipitado.
A quem importa Com o texto, Maia acenou para o eleitorado que pode colocá-lo em definitivo no Planalto: o plenário da Câmara. O deputado conseguiu amenizar a má impressão defendendo, em seguida, a reforma da Previdência e a tributária, também na rede social.
Promessa é dívida Em meio às especulações sobre a criação de mecanismo que substitua o imposto sindical, Michel Temer convidou o relator da reforma trabalhista na Câmara, Rogério Marinho (PSDB-RN), para almoçar. Reafirmou que não mudou de opinião sobre o fim do tributo.
Malhação de Judas A posição do presidente irritou integrantes da Força Sindical, que passaram a ironizá-lo. “A partir de agora, Temer vai ganhar uma estátua na sede da CUT”, disse o secretário-geral da entidade, João Carlos Gonçalves, o Juruna.
Com o inimigo A CUT é a única grande central a favor do fim do imposto. Mas, ligada ao PT, ela se opõe a Temer.