A população paraguaia está indo às urnas neste domingo (30) para escolher um novo presidente, deputados e senadores para o país. Ao contrário do Brasil, não há segundo turno no Paraguai e a reeleição de candidatos não é permitida.
Os temas centrais da campanha deste ano foram economia, corrupção e o fim das relações diplomáticas de longo prazo com Taiwan em favor da China. Os principais candidatos à presidência são Santiago Peña, economista de 44 anos do Partido Colorado, e Efraín Alegre, advogado de 60 anos do Concertación Nacional.
A nação agrícola de menos de 7 milhões de pessoas irá às urnas para escolher entre Peña e Alegre, que lidera uma ampla coalizão de centro-esquerda e promete uma reformulação da política externa.
Partido no poder está enfraquecido
As pesquisas apontam uma disputa acirrada, com possibilidade de um empate técnico. O Partido Colorado, que atualmente está no poder, dominou a política paraguaia nos últimos 75 anos, mas as persistentes alegações de corrupção enfraqueceram o apoio ao partido.
Efraín Alegre, o candidato da oposição, prometeu reduzir as contas de energia elétrica, lançar mais reformas sociais e fazer reformas no Judiciário. Santiago Peña, o economista candidato do partido no poder, prometeu reformas nas leis trabalhistas e uma presença policial mais forte.
O Partido Colorado governa o país sem interrupção desde a década de 1950, exceto durante a presidência de Fernando Lugo, de 2008 a 2012, que terminou em impeachment. Muitos eleitores dizem que é hora de algo novo.
A candidatura de Peña pode ser afetada por uma investigação de corrupção liderada pelos Estados Unidos contra Horacio Cartes, ex-presidente do Colorado que governou o país de 2013 a 2018. Cartes, que nega as acusações, ainda dirige o partido e é o principal apoiador de Peña.
O atual presidente, Mario Abdo Benitez, não apoiou Peña com entusiasmo e chegou a dizer que Peña não é o melhor candidato.