As atenções da semana em Brasília estarão voltadas para o tamanho do contingenciamento que o governo pretende anunciar nesta terça-feira (28-03). Na esfera econômica fala-se em R$ 42 bilhões e os líderes políticos do governo pressionam por um valor de, no máximo , R$ 35 bilhões. O restante será coberto com aumento de impostos. O mais provável é o aumento de PIS e Cofins sobre combustíveis e serviços.
Na agenda legislativa a Câmara dos Deputados pretende votar o projeto de recuperação fiscal dos estados. A tendência é que a proposta, em razão da pressão dos governadores, saia bastante abrandada em relação às contrapartidas postas pela equipe econômica.
No Senado deve entrar em votação o projeto que proíbe o governo de alterar contratos por Medida Provisória. Na Comissão de Constituição e Justiça será apreciado o projeto de abuso de autoridades, que ganho novo fôlego em razão das trapalhadas da operação Carne Fraca.
Permanece ainda para esta semana a expectativa da quebra de sigilo de parte das delações dos 77 funcionários da Odebrecht. Os conteúdos já são fartamente conhecidos e divulgação dos mesmos terá um impacto bastante amortecido.
O governo, de seu lado, intensifica as reuniões em torno da reforma da previdência com líderes partidários. De olho no mapa das traições da votação da terceirização, o ministro Eliseu Padilha começará também uma articulação com os deputados que abandonaram o governo na semana passada.